Lavar o arroz antes do preparo é um daqueles hábitos passados de geração em geração — quase um ritual de cozinha. 👵🍚 Mas será que isso é mesmo necessário… ou é apenas um costume sem fundamento?
👉 Por que muitas pessoas lavam o arroz?
Tradicionalmente, o arroz era lavado para retirar impurezas físicas (como pó, pedrinhas e resíduos do beneficiamento). Além disso, ao enxaguar, parte do amido superficial é removida, o que resulta em grãos mais soltinhos depois do cozimento — ideal para quem prefere aquele arroz bem separado.
👉 Mas e o que dizem os especialistas?
De acordo com estudos da Embrapa e da Universidade de São Paulo (USP), o arroz comercializado hoje passa por processos rigorosos de limpeza industrial, eliminando a necessidade de lavagem por motivos de higiene. Ou seja, lavar o arroz não é obrigatório — e também não traz ganhos nutricionais.
🔸 Lavagem pode tirar nutrientes do arroz
No caso do arroz branco (polido), a casca foi removida e o grão está desprotegido. Ao lavar ou deixar de molho, há perda de vitaminas do complexo B, ferro, potássio, magnésio e fósforo. Além disso, o excesso de água pode fazer com que o arroz fique grudento após o cozimento.
🔸 E o pó branco que aparece?
Esse pó não é sujeira! Ele vem do processo de polimento do grão — são partículas do próprio arroz. Durante esse processo, o alimento é higienizado, o que torna a lavagem desnecessária.
🔸 Arroz e calorias
Lavar o arroz não o torna menos calórico, já que o amido faz parte da estrutura do grão e não é removido pela água.
🔸 E o arsênio?
O arroz vendido no Brasil contém níveis seguros desse elemento, segundo a Anvisa, que limita sua concentração a 0,3 mg/kg. Não há motivo para preocupação.
🔸 Quando lavar pode ser indicado
O arroz integral e o parboilizado perdem menos nutrientes, pois suas camadas externas ajudam a preservar as vitaminas. Nesse caso, um enxágue rápido é aceitável.
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